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Luiz Caldas
Luiz César Pereira Caldas, nascido em Feira de Santana, em 24 de junho de 1963, hoje universalmente reconhecido como "O Rei do Axé", quando ainda era um menino de origem humilde, começou a apresentar-se com bandas amadoras, afirmam aqueles que acompanharam a trajetória inicial do artista que aos dez anos de idade, já viajava por pequenas cidades, onde participava de shows. Aprendeu, assim, a tocar vários instrumentos, tendo praticamente vivido no meio musical.
 
No início dos anos 70 o então Luiz Caldas foi morar em Vitória da Conquista, e ganhou a vida trabalhando em alguns comércios da cidade (Panificadoras, supermercados e bares) exercendo a função de serviços gerais, mas nas horas vagas tocava no conjunto musical de um famoso músico da época, chamado João Faustino. Fato é que Luiz Caldas, criou um ritmo que misturava o pop com reggae, toques caribenhos, ijexá, frevo e samba, que lhe assegura hoje, o título de "Rei do Axé Music", que inicialmente teve o nome de "Deboche" e que evoluiu e tomou conta do Brasil. Os ritmos baianos misturados e introduzidos nos trios elétricos mostrou ao público uma nova sonoridade, inaugurando uma nova era na cultura musical da Bahia, embrião da Axé. A melhor pessoa para falar de Luiz Caldas é o próprio Artista, que em seu "My Space", conta o seguinte:
 
"Minha história começa em Feira de Santana, interior da Bahia, no ano de 1963. Desde cedo, a música passou a fazer parte de minhas brincadeiras, bem como a mania de imitar os artistas que apareciam na televisão. Entre uma brincadeira e outra, aconteceu o meu aprimoramento para as futuras performances nos palcos. Quando ingressei em bandas de baile, atuando inicialmente como cantor e logo depois como instrumentista, as portas do mundo da música começaram a ser abertas. Aprender as novas canções tocadas nas rádios era o que me motivava para seguir a carreira artística. A brincadeira de cantar, imitando outros artistas, acabou virando o meu ofício. Depois de atuar em várias bandas de bailes pelo interior baiano, veio a minha fase no Trio Elétrico Tapajós, um dos trios mais importantes do Carnaval baiano e que manteve acesa a chama do que fora inventado por Dodô & Osmar. No Trio Tapajós, tive a minha primeira canção (“Oxumalá”) gravada em disco. Desde então, as gravações não cessaram. Morando em Salvador, formei a minha própria banda, a Acordes Verdes, iniciando a carreira solo. Paralelamente, passei a trabalhar também no estúdio WR, de Wesley Rangel. Na WR, gravei o primeiro disco autoral, um compacto simples com as canções “O Beijo” e “Como um raio”. Em 1985, gravei o LP “Magia”, disco emblemático que deflagrou o que viria a ser a Axé Music. A canção “Fricote” (Nega do cabelo duro) puxou a vendagem deste disco e o Brasil passou a me conhecer também pelo fato de andar descalço vestindo diferente para os padrões da época. Sou o precursor de um estilo de música amparado pelo clima carnavalesco e emplaquei muitos sucessos nos discos seguintes, consolidando a carreira solo. Ganhei também projeção nacional e internacional com o sucesso de “Tieta”, tema de uma novela com o mesmo nome, da Rede Globo. Ao longo de minha carreira, que hoje segue cada vez mais consolidada, vendi mais de dois milhões de discos. Aprimorei-me como instrumentista, passando a me apresentar em teatros, mantendo-me presente nos eventos para multidões, próprios da Axé Music. Além da Axé Music, estilo que leva a minha digital e que me orgulha, passeio com desenvoltura desde o começo da carreira pelo mundo do rock, do forró, do frevo, do samba, do brega, da MPB e do clássico. Basta ver os meus discos que está lá a marca Música Popular Brasileira. A história não me deixa mentir e os discos são as provas fiéis desta minha investida silenciosa e cada vez mais firme. Assim tem sido a minha carreira e as minhas incansáveis investidas pelo mundo da música, como no projeto Melosofia e agora nas duas caixas de inéditas (cada uma com 65 canções, todas de minha autoria, algumas com parceiros, totalizando 130 músicas nunca antes gravadas). Na primeira caixa de inéditas tem CDs de rock, forró, MPB, instrumental de violão e Axé. Na segunda caixa gravo samba, MPB, frevo, brega e um disco com todas as letras em língua tupi, numa homenagem à língua dos nossos ancestrais."
 
Luiz Caldas, que na década de 80 ganhou a Coroa de Prata no programa "Rei Majestade" da SBT, enxerga com certa naturalidade sua carreira, como uma conseqüência da diversidade de ritmos que aprendeu no curso de seu trabalho, e não gaba-se de nenhuma espécie de genialidade por ter criado um estilo musical. A bem da verdade, é bom que o artista tenha humildade, e mantenha a vontade de trabalhar que de demonstra em suas palavras, porque com certeza, o feirense Luiz Caldas, ainda irá surpreender muito o seu público, e oferecer uma grande contribuição com os seus trabalhos à Música Popular Brasileira.
 
Conseguimos catalogar 12 álbuns lançados por Luiz Caldas, além é claro das duas caixas que ele próprio informa em sua declaração acima, (Viva Feira - 2010).
1981 - Jubileu de Prata: Trio Elétrico Tapajós
1985 - Magia
1986 - Flor Cigana
1987 - Lá Vem o Guarda
1988 - Muito Obrigado
1989 - Timbres
1991 - Nós
1992 - Retrato
1994 - Luiz Caldas
1998 - Forró de Cabo a Rabo
1999 - 15 Anos de Axé - Luiz Caldas e Convidados
2006 - Ao Vivo em Salvador (CD e DVD)
2009 - Castelo de Gelo (CD e Download)
 





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