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João Bosco do Nordeste
     João Bosco Silva que adotou artisticamente o nome de João Bosco do Nordeste, é natural de Cajázeiras, estado da Paraíba, filho de Waldemiro Ludgero da Silva e Nelcina de Almeida Silva é casado, com Sônia Nascimento Silva, com quem teve quatro filhos, que são: Danusa Emile, Débora Elaine, Diane Elis e Douglas Eder, é professor, mestre em Educação, trabalhou por mais de trinta anos no Banco do Nordeste do Brasil - BNB, pelo qual é aposentado, foi gestor de projeto da PMFS até dez/2019, é poeta, escritor, multi-instrumentista, e grande ativista e mobilizador cultural. Mudou-se para Feira com sua família ainda menino, em 1958, e aqui teve sua formação, viveu parte de sua infância e adolescência, estudou na Escola João Barbosa de Carvalho, no Colégio Municipal e no Colégio Estadual de Feira de Santana. Possui graduação em Letras com Inglês, e pós-graduação em Literatura e Diversidade Cultural, da Universidade Estadual de Feira de Santana. É pós-graduado também em Negócios e finanças pela Escola Superior Aberta do Brasil. É Mestre em Educação pela Universidad Europea Del Atlantico - UNEATLANTICO (Espanha) e Universidade Internacional Iberoamericana, com Especialidade em Educação Superior – UNINI (Porto Rico), de modo que podemos afirmar, que Feira lhe deu, oportunidades, “regra e compasso”, e ele restitui a cidade que adotou, sem nunca negar suas origens, com muito trabalho e dedicação, participando de sua vida cultural e ajudando na formação dos mais jovens com os conhecimentos que adquiriu durante sua jornada!
      No Banco do Nordeste, exerceu várias atividades, chegando na sua aposentadoria ocupando o cargo de Gerente, conquistado por mérito, na sua trajetória cultural já tem 59 livros publicados, entre solos e antologias, pelas editoras Literarte internacional, Mágico de Oz, Funtitec, Comunicação, AFBNB, Sucesso, EHS, Versejar, Helvétia, Recanto das Letras, Futurama, Gaya, Becalete e Pensador, como compositor tem mais de 100 composições que tem passado a exibir em um canal do YouTube e outros aplicativos da internet. Sua obra justifica ter sido contemplado com várias premiações e atualmente participar das seguintes Academias: Letra de Fortaleza; de Letras de Goiás, de Letras e Músicas de Salvador; de Belas Artes de Minas Gerais, dos Núcleos internacionais da Literarte em Portugal, Chile, Buenos Aires, Luminescence (França), Akademia Alternativa Pegasiane (Albânia/Brasil). Moçambique e Itália (previsão em 2021). Comendador da Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências Letras e Artes.

Livros publicados: 1) Rapsódia de contos curtos – fiscalizando os fiscais do banco; 2) Rapsódia de um Sonhador; 3) Rapsódia de um contador de histórias, 4) Rapsódia de Perebinha na Rádio Quionda, 5) Rapsódia de contos em Literacity, 6) Rapsódia da Literatura Brasileira, 7) Seis Ebooks de Literatura brasileira, 8) Certificação Abecip, 9) Certificação Febraban.



RAPSÓDIA DE LITERATURA

AS AVENTURAS DE PEREBINHA - Episódio I

FALANDO DA ESCOLA
Publicado em: 24/05/2021 - 15:05:21


Na rádio Quionda, na pequena cidade de Literacity, ainda num ambiente rural, aos sábados pela manhã existia o programa, sob o comando do locutor Heitor, Besteiranças – besteiras de crianças, de 8 aos 12 anos, que vinham das escolas, indicadas pelas diretoras, de acordo com a conveniência.

Certo dia a diretora levou Perebinha, menino da roça, de 12 anos, que foi expulso de uma escola pública e passou para outra particular, e assim aconteceu:

 

EPISÓDIO I - FALANDO DA ESCOLA

LOCUTOR:

- Bom dia pessoal! Temos aqui o nosso convidado especial. Ele é o menino esperto, com o apelido de Perebinha, da escola Rego Melo Pinto.

PEREBINHA

- Olá seu locuteiro! Perebinha não é apelido, é meu nome mesmo. Tenho 12 anos e estou começando a estudar agora, mas ainda não sei quase nada das letras. A professora Coxuda não tem muita paciência comigo. Já entrei na escola desde os 4 anos, mas eu não ficava. Problemas da escola, o senhor sabe.

O LOCUTOR:

- Sou locutor e não locuteiro. Você só começou a estudar com 8 anos? Problemas da escola, não é? Hummm. Sei como é. Por que o nome da professora é Coxuda? E por que o seu nome é Perebinha?

PEREBINHA

- Eita zorra! Já começou perguntando demais. Sou Filho de seu Pereira e dona Binha. Ficou Pere e Binha. Entendeu? E como é o seu nome seu locutor?

Eu quero estudar, mas a professora de lá de perto da roça não deixa, Mostrando as duas coxas dentro de uma saia da farda pequena, parecendo a escada rolante do shopping que vai para a praça de alimentação, da cor de duas melancias compridas. Quem estuda desse jeito? Diga aí!

O LOCUTOR:

- O meu nome é Heitor. Menino, deixe de ser ousado. Você estuda ou vai olhar as pernas da professora? Peça perdão a Deus e vamos continuar.

PEREBINHA

Olhar eu não olho não, mas é as pernas que ficam olhando para mim o tempo todo. Mesmo assim eu quero pedir perdão, mas que uma perdição isso é.

O LOCUTOR:

- Perdição de quê, rapaz? Deixe pra lá! Tem coisas que a gente não deve dizer, pois elas não gostam. O que você já aprendeu na escola, seu perturbado?

PEREBINHA

- Um dia a diretora entrou na sala e disse que só queria ouvir verdade, que não gostava de mentiras, e perguntou: O que vocês acham de mim? Eu disse: a senhora é feia que dá medo. Ela não gostou. Tem culpa eu? Eu aprendi também que toda escola tem um lado bom, que é o lado de fora, pois tem muitas perguntas que eu faço e ninguém responde.

O LOCUTOR:

- Isso é um absurdo. Uma criança fazendo pergunta e ninguém sabe a resposta? Mentira. Pergunte!!!

PEREBINHA

- Quer ver? Marido e mulher de bicho é uma doidice, então responda. Se o marido da galinha é o galo, o da gata é o gato, da pata é o pato, por que a mulher do boi não é a boia?

Por que o marido da cobra não é o cobro? A mulher do bode não é a boda? O marido da aranha não é o aranho? Por que a mulher do cavalo não é a cavala? E...

O LOCUTOR:

- Êpa! Chega! Pare rapaz. Isso é coisa do português.

PEREBINHA

- Que coisa do português nada? Seu Luiz da padaria não sabe nada. A mulher dele é que já foi professora. Toda vez que eu vou na casa dela para me ajudar no dever da escola, ele quer brigar comigo. Deve ser por que eu grito o nome dela na porta. Nunca quis ser o primeiro lugar em nada, por isso tenho amigos.

O LOCUTOR:

- Será que o segundo lugar será sempre antes do terceiro? Depende. Se for num elevador subindo, está certo. Se for descendo, é depois do terceiro. Como é o nome da mulher do português?

PEREBINHA

- Curioso héim? Parece que você quer é fofocar. O nome dela é Choxonalva, mas todo mundo chama de dona Xoxó. Eu

grito: Seu Manoel, dona Xoxó tá?

O LOCUTOR:

- Vixe. Deixe prá lá. Cala essa boca Pestilento! Tem muita gente escutando a gente nesta hora. Estou vendo que esse programa vai ser complicado para mim, todas as vezes que você for o entrevistado.

PEREBINHA

- Não sou pestilento nem nada. Eu sou o limão que vai pingar no arranhão do seu joelho; sou a brasa acesa da fogueira que vai cair dentro de sua calça. Coisas acontecem:

Um dia desses eu quase apanhei do pai de Joaninha na saída da escola. Ele perguntou se eu tinha beijado ela de 12 anos. Disse que sim, mas foi porque quatro amigas dela me seguraram para ela me dar o beijo. Depois pediu para eu guardar o meu carrinho na garagem dela. Foi então que o pai dela botou as duas mãos na cabeça e foi embora.

O LOCUTOR:

- Essa Joaninha é demais. Coitado desse pai, passou a maior vergonha na porta da escola.

PEREBINHA

- Eu pedi perdão a ele, mas ele foi embora. Porque existem pessoas como os espinhos das rosas e dos mandacarus? Brigam por tudo. Até por time, mesmo com os seus jogadores virando adversários.

O LOCUTOR:

- Verdade! Deixa pra lá. Por hoje é só. Assunto encerrado.

Até a próxima semana. Thau pessoal!

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Texto do livro – Rapsódia de Perebinha na Rádio Quionda - ISBN 978-65-86453-00-3

 (Sempre teremos novas peripécias de Perebinha nesta coluna)

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Fonte: João Bosco da Silva







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