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"CAMINHAR É PRECISO, VIVER NÃO É PRECISO"


Publicado em: 04/03/2024 - 22:03:50
Fonte: Cíntia Portugal


    Nasci em casa! Toda bordada de afetos: sente... um rastro de lavanda no ar,  isso puxando pelo cordão umbilical, cortado pelas mãos da  parteira Tute, a minha tia- avó,  na casa de botões de Rosa,  de Nair, de Elizete,  minhas tias- avós. Aqui,  abri os olhos e o berreiro: um canto doce, na Av. Maria Quitéria, no Bairro Brasília, em Feira de Santana. Contudo,   engatinhei, ensaiei os meus primeiros passos na Rua de Aurora! Fui embalada  pelos sinos da Matriz, da Remédios e da Senhor dos Passos, como não lembrar de Quasímodo, o Corcunda de Notre Dame,  neste balanço.
    Na Hermínio Santos,  subia e descia as escadas da Euterpe, curtia a escada rolante das Pernambucanas. Dancei com o trio nordestino defronte à Violeta.
     Vivo  onde o caminhar é festejado: vamos medir as ruas do passado? Um chão de pedras irregulares, escorregadias, com águas que corriam coladas ao passeio, um barulhinho bom. Neste espaço  dava- se o prazer de ser Feirense raiz!  Com ou sem bocapio.
    Aos seis anos de idade, de mãos dadas com meu pai, seguia caminhando da Escola São João da Escócia, hoje, Loja Maçônica, na Getúlio Vargas, o  entremeio de fitas por cestos de umbu, seriguela, jabuticabas, deitados sobre o tapete de flores de flamboyans,  ao "CENTRO DE ABASTECIMENTO", na Rua Manoel Mathias, o "nosso" barbeiro  de Sevilha: " Fi-ga-ro!! FIiiiGARO!! LÁ lá lá, lá lá..."Não vou descrever o caminho. Vamos imaginar?
    O souvenir do caminhar pelo Centro da Princesa do Sertão foi  esticado nos  passos feito brincar de elástico, da casa dos meus avós paternos, da Intendente Abdon, na Queimadinha, à casa da minha avó materna, na Rua de Aurora, a Desembargador Filinto Bastos, (poeta Romântico Feirense). Centro.
    Como não lembrar as idas e vindas ao Colégio Assis Chateaubriand, da Rua Arivaldo de Carvalho, do Sobradinho, ao Centro, vamos "à rua"? Passando pela Voluntários da Pátria, Praça Fróes da Mota, Nordestino...Lembram desta passagem? Outro caminhar sagrado:  o da casa da vovó,  da Rua de Aurora ao festejo da Matriz. O caminhar adolescente da Escola Castro Alves, Barão de Cotegipe, à Rua de Aurora, ao Gastão Guimarães. A despedida fúnebre caminhando para  cemitério da Piedade.
    O passeio ao Pilão, aos Capuchinhos,  à Rodoviária para  viajar no Painel da nossa história. Ah! Como esquecer as idas aos circos e parques, do Campo São Paulo? Com direito a foto em binóculos. Quando foi que tudo ficou longe? Por exemplo: sair da Sales Barbosa  à Praça Médici, o Feiraguai, ou ir da Sales ao "Centro" de Abastecimento, longe? É centro ou bairro distante? De repente tudo ficou no "Reino tão, Tão, TÃO distante! Já chegou? Já chegou?". Culpa do controle remoto? Da chamada de vídeo? Da esteira da academia? Do Big- brother? Pois,  ver a vida do outro passando parece  mais emocionante   do que ser protagonista da  própria históriaa. E as paradas de ônibua? Uma parada no Nordestino, uma na Praça Bernardino Bahia, a do lambe- lambe!. Mais paradas pra quê? Mais ônibus para o Centro de Abastecimento...que dizem ser  um lugar distante! O Shoping Popular é longe?  Vamos! Renda- se ao caminhar!! E pernas pra que te quero?!!
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