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AS ELEIÇÕES DO DIA CINCO


Publicado em: 03/10/2014 - 00:10:45
Fonte: Hugo Navarro / Folha do Norte


    O desinteresse do povo bate á porta das eleições do próximo domingo como se todos os desapontamentos, desilusões e frustrações assaltassem de forma definitiva a totalidade das esperanças populares. Fosse o voto facultativo, dentro do atual panorama político poucos iriam às urnas, provavelmente apenas candidatos, familiares e cabos eleitorais esperançosos de receber algum saldo resultante dos acordos. O país, entretanto, mantém o sistema do sufrágio obrigatório, punindo os faltosos. O voto obrigatório é a negação da democracia e implica em grave contradição incrustada na lei, porque o eleitor pode votar em branco ou anular o voto sem receio de punição.
    O distanciamento entre povo e eleições, que se vem acentuando com o passar do tempo, é a negação da democracia e a facilitação de abertura de perigosos caminhos para o futuro do povo brasileiro.
    A culpa do rigor mortis, que vai tomando a vida política brasileira, é atribuída aos partidos, os principais, aqueles que encabeçam as preferências, tão semelhantes uns dos outros que impossível seria estabelecer diferenças, e a maioria, em número espantoso, buscando brechas, alianças, acordos que aos seus chefes e cabos influentes rendam alguma coisa.
    O povo assiste, geralmente bestificado, ao desenvolvimento das campanhas políticas como o historiador disse a respeito da proclamação da República, com sintomático desinteresse sobre o que se afirmou ou se deixou de dizer, porque na atual política brasileira, a mensagem, o programa do candidato geralmente são pífios, repetidos, defendidos por  outros em campanhas  passadas e geralmente desmoralizados pela inação de quem assume o poder, a ponto de dar  motivo, ultimamente, ao surgimento, na imprensa, de instrutivas charges que mostram eleitor nas diversas fases da vida, do nascimento à morte, ouvindo de políticos  eternas promessas a respeito da trinca mágica: educação, saúde e segurança, sem nenhuma esperança de solução no presente ou no futuro para tais assuntos problemáticos. Essa falta de criatividade, visão, a ausência de coragem cívica para dizer verdades com o risco de fazer adversários e inimigos, a vontade de desmistificar crenças mentirosas, negar falsos profetas e virtudes fictícias, vão transformando a política brasileira em alguma coisa cansativa e chata, no mínimo desinteressante,  lamaçal em que muitos estão a chafurdar, de que poucos se livram  por sentimentos de honra,  dignidade e preocupação com o cumprimento do dever,   virtudes hoje ameaçadas pelo tsunami de mediocridade interesseira que envolve a política partidária.
    Ninguém trata, na campanha presidencial, de assuntos vitais para o futuro do povo brasileiro como o da posição do Brasil no campo da política internacional; do preço da energia elétrica para a indústria, dos dramas causados pela falta de chuvas, que afetam todas as atividades nacionais. Ninguém fala de assuntos importantes como o da maioridade penal, do aborto, da burocracia, fomentadora e facilitadora da corrupção. Ninguém se lembra da discriminação sofrida pela região nordestina, do custo Brasil, gigantesco entreve às nossas exportações, das enormes dificuldades da classe empresarial para sobreviver e do sistema tributário, o obstáculo maior e o desestímulo supremo de quem deseja trabalhar e crescer na vida.
    Não enxergam, os políticos, que o país está a ponto de explodir. Quase todo dia e por qualquer motivo ocorrem violentos ataques a bens públicos e privados, o fechamento de ruas e estradas, incêndios de ônibuse outras demonstrações de revolta,  criando perigoso clima de desordem que ninguém sabe onde vai dar.



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