CESCÉ
Antônio
Carlos Amorim, é um cantor, compositor e instrumentista,
nascido em Feira de Santana e aqui reconhecido como
tal, pelos seus méritos, com características
pessoais arraigadamente baiana e sertaneja. Prestigiado
entre os artistas da cidade, Cescé é uma
espécie de referência de qualidade, dedicando-se
a música regional de forma absoluta, sem fazer
grandes concessões a estilos de influência
que ele julgue violar os princípios regionalista
que defende. Com uma carreira respeitada também
fora do limites de Feira de Santana, Cescé já
atuou com grandes artistas do cenário nacional,
que por ele mantém uma relação
de respeito e admiração a exemplo de Zé
Ramalho, Raimundo Sodré, Xangai, Geraldo Azevedo,
Elomar e muitos outros. Cescé, tem vários
discos gravados em vinil e em Cds, sempre na linha da
música regionalista e nordestina a exemplo do
CD "Olhos D'água" onde privilegia o
forró, ou como na produção do show
"Cantos e Cantorias" onde busca fazer um resgate
musical, desta feita privilegiando a cantoria, em um
show que podemos adjetivar de memorável.
Como ser humano Cescé também se destaca
por sua natureza calma e desligada do mundo (pelo menos
deste mundo estressante que vivemos), como relata em
seu Blog, Cristóvam Aguiar, algumas estórias
que aproveitamos aqui. "O cantor Cescé é
o sujeito mais desligado deste mundo. Certo dia ele
e o compositor e músico Alcivando Luz, que era
tão desligado quanto ele, acertaram um show numa
cidade. Saíram de Feira para fazer o show e encontraram
o clube fechado. Procuraram o diretor social que os
contratou e foram reclamar com cara de poucos amigos.
“Pô! Como é que você cancela
o show e não avisa nada pra gente”? Calmo
e irônico, o diretor esclareceu: “Não
cancelei o show não amigos, vocês é
que chegaram com um dia de atraso”. Já
em outra oportunidade, ele havia montado uma banda e
acertou um show, também para uma cidade vizinha
a Feira. Quando chegou lá tava tudo fechado.
Ele desceu do ônibus e foi procurar o contratante.
Encontrou o cara num bar, bebendo com amigos e este,
quando o viu, ficou surpreso: “Ué! Você
por aqui?” É que Cescé chegou com
a banda uma semana adiantado."
Outra boa estória contada por Aguiar é
sobre uma vez, "na praia, ele (Cescé) se
meteu a surfar. Só que quando ele levou a prancha
para pegar uma onda, em vez de seguir em direção
à praia, as ondas o levavam cada vez mais para
alto mar. Ele tentava remar com as mãos, mas
as ondas o puxavam de volta. Os amigos, percebendo o
que acontecia, gritaram pra ele: “Tenha calma,
Cescé!”. E ele, tranqüilo: “Eu
tô calmo, o mar é que está nervoso”."
Para conhecerem estas e outras estórias sobre
Cescé contadas por Cristóvam Aguiar, façam
uma visita ao Blog "Sempre Livre", clicando
no seguinte link: http://cristovamaguiar2.blogspot.com/2009/11/cronica-da-semana.html.
Fato é que Cescé apesar de seu jeito especial
de se relacionar com as coisas comuns do mundo, quando
se trata de música o moço é inteiramente
ligado e intransigente na qualidade, defendendo a música
regional e nordestina de forma ferrenha e, para quem
duvida, ele mostra como se faz música de boa
qualidade da melhor maneira.
(VIVA
FEIRA 2010)