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REMINISCÊNCIAS I : CARMINHA DO YOGA

“Sem dúvida, lembrar é uma maneira de amar”. (Chiang Sing)
Publicado em: 10/09/2018 - 10:09:03
Fonte: Raymundo Luiz Lopes, Jornal CorpoMente - texto revisado com algumas alterações...


    Platão definiu reminiscência como aquilo que a alma contemplou numa vida anterior. Disse, ainda, que ao lado dos deuses, a alma tinha a percepção imediata das ideias.
    Aproveitando, em termos de inspiração, o pensamento do filósofo grego, extraio do fundo das retinas e do baú momentos significativos de vivências terapêuticas alternativas que antecederam as atuais.
    E, quem sabe, também, com a ajuda de deuses, ninfas e guias espirituais, falar de outras vidas e de inúmeras questões transcendentais, afora as sociais. A relação presente/passado/futuro não é casual e, sim, de causalidade.
    As circunstâncias da vida ficam retrata­das nos lugares por onde as pessoas transitam, num entrelaçamento vibratório - tempo/espaço. Tanto no plano visível, quanto no invisível, o ser humano está sujeito a leis não criadas por ele, mas, que podem ser compreendidas não somente pelo uso da razão, mas, exercitando a intuição.
    As realizações de hoje, ligadas às ante­riores pela teia cósmica (sem desprezar a social), já prenunciadas, corporificaram-se, então, como resultado de intencionalidades das forças universais.
    Tão delicado e sutil o fio que escorre pelos dedos do homem que, às vezes, não se dá conta da reciprocidade entre o mundo espiritual e o físico.
    Chamada, antes, de Princesa do Sertão, numa época de tranqüilidade interiorana, Feira de Santana vê-se, atualmente, alvoroçada, desarranjada, envolvida num quase beco sem saída, diante de uma crescente violência generalizada.
    Prova inconteste de que os valores humanos continuam pisoteados pelo chulé das autoridades.
    Contudo, ainda há movimentos/segmentos que buscam saídas visando um ser redimensionado, redivivo.
    A existência de espaços democráticos destinados à aventura do holismo, mostra que é possível contribuir na mudança do rumo da nave feirense, ainda que, até agora, o atendimento naquelas casas alcance um número limitado de pessoas.
    Experiências iguais ou semelhantes deveriam ser espraiadas na comunidade e têm respaldo na Constituição Brasileira, pois, dizem respeito às necessidades básicas do homem e da sociedade.
    Sempre que passo na Praça do Nordesti­no e vejo-me diante do “Miami Shopping” (não poderia ser, por exemplo, Cacto/Cabrito Center?!), recordo-me do que antes ali existia.
    Recentemente, a divagação foi mais longe e só consegui enxergar a casa, onde morava Maria do Carmo Bastos -, ou, melhor, Carminha do Yoga.
    Não mais a varandinha, não mais a rampinha, mui­to menos a salinha de (con)vivências, agora, uma construção avantajada,  espécie de clone menor de prédios soteropolitanos, passarela do agito cotidiano.
    Foi naquele final dos anos 70, recém-­chegado de Salvador, que retomei a prática do Hatha Yoga.
    Mais ou menos três vezes, por semana, descia a pequena rampa do que seria uma garagem e me dirigia à sala dos fundos. No instante aprazado, tinha início a aula coordenada por Carminha que, com sua voz aveludada, coordenava o grupo.
    Instala­va-se no ambiente um silêncio levitador e cada um buscava a concentração/postura ne­cessárias ao trabalho integrativo corpo/mente.
    A fita cassete – “Meditação” - soava constante, desenrolando tranqüilidade, possibilitan­do transfigurações (Guardo, cuidadosa­mente, aquela que adquiri na Livraria Paulinas-Salvador, penso que em 1979).
    Enfim, todos juntos contribuindo como elos de uma saudável corrente de prata. No sentido, na ideia, na prática, estavam imbuídos princípios holísticos, ainda que não fosse corriqueiro o uso desse termo.
    Os anos foram passando. Os trabalhos  iam sendo realizados, de forma modesta, com disciplina e afetividade. Quan­do em vez, Kátia assumia a aula e, ao seu modo, aplicava as orientações da mãe.
    Como disse, anteriormente, a divagação foi mais longe. Justamente, em uma das visitas ao Espaço Oásis, de Elda Prado.
    E quem eu vejo? Tininha!!?? Nossa...!! (Num relance, revi a face de Carminha). Pois é, Te­resa Cristina Maciel, a menina Tininha que conheci naqueles tempos, retornando a sua terra natal, com seu esposo, Jacques Maciel.
    "Como vai, Tininha, lembra-se de mim?" - "Claro," respondeu. Pronto, a (re)ligação aconteceu.
    Recordamos tanta, tanta coisa... (juntamente com Elda).  De Rolf Gelewski, do Professor Hermógenes, enfim, daqueles tempos do modesto e aconchegante recinto de Carminha (situado na outrora silenciosa Praça do Nordestino) conduzimos a conversa  para o projeto do casal Maciel, a Universidade Teodinâmica.
    À maneira de um jardim sempre renovado, flores e animais silvestres, inter-relacionando-se para a continuidade das espécies, a movimentação humana consciente promove o surgimento e o desenvolvimento de instituições voltadas para o bem-estar da coletividade.
    Todavia, que poder público está interessado  em tal concepção?




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