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A primeira a gente nunca esquece


Publicado em: 15/08/2016 - 07:08:56
Fonte:


Ah, Eulália! Lembro-me, com uma Lágrima furtiva, do nosso amor que se foi, abrasado pelo calor daquela sexta-feira de um fevereiro distante.

Talvez até eu tenha sido um inexperiente, afinal eu mal havia saído da adolescência... Ou então, quem sabe, eu não tivesse te merecido mesmo. Mas eu era tão bonzinho procê, Eulália. Eu gostava tanto de tu!

Lembra aquele nosso primeiro encontro na Getúlio Vargas? Êta susto danado que eu te dei, hein! Só larguei do teu pé depois que consegui pelo menos uma pitoquinha. Cara chato, né Eulália? Cê tava com quinze aninhos. Lembra disso?

Ah, Eulália! Lembra quando a gente entrou na casa do terror de um parque instalado na Matriz? Eu doido pra te dar um beijo e tu lá, morrendo de medo.

Foi tão bom quando você segurou meu braço e apertou, querendo se proteger...

Sabe do que me lembrei agora também? De tu me ensinando a dançar o diacho do forró! Eu nunca consegui aprender aquele troço! Era um desastre danado. Seu pé vivia doendo de tanto ser pisado.

Uma certa feita, com o namoro praticamente já começado, levei você pro cinema. Tava passando um filme de canibalismo e eu te disse que a gente ia assistir a um filme de amor. Quando cê viu aquele sangue todo, aquela selvageria danada, quase me esganou ali mesmo. Olha Eulália, cê fez um bico de raiva, que até hoje quando lembro só falto morrer de rir.

Lembro-me também de quando viemos da cerimônia da tua formatura. Êta como cê tava biíta! Com um vestido todo branco e com um decote... Ai meu Deus! Quando lembro, chego babar. Ficamos na porta da tua casa no maior love e, já quase uma hora da manhã, cê quis porque quis acordar Apolinário, um fotógrafo amigo nosso, só pra gente tirar uma foto juntos. Êta como tu ficou biita naquela foto... E lá fomos nós. Cê lembra, Eulália? Apolinário fez uma cara, que pensei que ele ia rumar aquela máquina na cabeça da gente.

Ah, Eulália! Aquele sim que era tempo bão! Mas foi a nossa última foto juntos.

Seu vôo foi muito alto e veloz. Estiquei os braços, esforcei-me, tentei... mas não consegui retê-la.

Tem nada não, Eulália. Outras Eulálias vieram. Outras situações, outros términos, outros começos... Mas a primeira Eulália é sempre a primeira Eulália. E a primeira a gente nunca esquece.

 




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