O esporte, o talento, a arte, a cultura, o jogo, a música, a dança, o trabalho, a luta, a educação e a vontade de vencer definem a pessoa pobre, negra, favelada e mulher no mundo. Que fique bem claro que o OURO que a Judoca, Rafaela Silva, conquistou não caiu do Céu, nem brotou das profundezas da terra, como acontece com aqueles que já nascem com heranças de cargos e numa família abastada e privilegiada.
Não, não mesmo, a vida não foi fácil para a nossa Campeã Mundial e Olímpica. Ela nasceu mulher num mundo onde os esboços dos projetos femininos são pisados, rasgados e jogados no lixo todos os dias, todas às horas, todos os minutos e todos os segundos pelos antifeministas.
Neste mundo o qual os homens brancos são considerados os reis da criação, nascer mulher e negra é sofrimento dobrado, porque eles fazem do preconceito racial uma cortina de ferro para lhe negar a ampla oportunidade de conquistas na vida, querendo conferir-lhe apenas os papéis de empregadas domésticas e o de objeto sexual para os gringos.
Mas uma menina que é triplamente discriminada pelo fato de ser mulher, negra e favelada mostra a todos como é que se toma posse do mundo e se vence preconceitos atrozes: se faz isso é LUTANDO. Parabéns, Rafa!!!!