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REFLEXÃO EM TORNO DO TEMA “RUMO AO FUTURO”


Publicado em: 12/07/2016 - 23:07:12
Fonte: Raymundo Luiz Lopes


    Na década de 80, o escritor Ítalo Calvino propôs os temas – leveza, rapidez, exatidão, visibilidade, multiplicidade (não concluiu – consistency ) -, publicados  em Seis propostas para o próximo milênio. Nessa obra, ele diz que: “Às vezes me parece que uma epidemia pestilenta tenha atingido a humanidade inteira em sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra...”. E sugere: “A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo lingüístico.” As propostas de Calvino, logo, permitem vários olhares numa condução Rumo ao Futuro.
    O século XX apresentou um avanço inerente ao caminhar do aglomerado humano sem superar certos ranços. Não alcançamos o universo de 2001 - Uma odisséia no espaço, tampouco o de Blade Runner, nem o de 1984. Contudo, não há vislumbres? Não há interseções entre ficção e realidade? O homem, no século que passou, viu algumas esperanças consolidadas e outras perdidas nos vales das promessas. A ciência e a tecnologia surpreendem o mundo, sem resolver um problema crucial da existência humana - a paz. As utopias balançam – umas já se foram, algumas permanecem, outras virão. O virtual engole o real. A globalização espalha a mentira do mais poderoso, apresentada numa tela de aparências. A intolerância fixou suas garras neste planeta.  Enquanto alguém é salvo por um transplante (o que é válido), milhões morrem de fome e outros tantos vagam como mortos-vivos na sombra da ignorância e da exclusão.
    O humanismo é tão somente uma utopia? Ou algo mais palpável e que, devido à fragmentação da sociedade, escorrega pelos dedos do homo sapiens? E que humanismo foi estabelecido no século passado? Com referenciais, com paradigmas, com reflexões, sem o abandono de tradições, chegaremos a alguns entendimentos, contudo, não estamos muito seguros com respeito aos próximos portais.
    No século XIX, Karl Marx se opôs à supremacia do capital sobre o trabalho. Muito antes, Buda, ao falar do sofrimento, mostrou o caminho da libertação. Depois, Jesus disse: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Longe da prisão dos dogmatismos religiosos, propomos o desvelamento desse ensino para entender o homem numa perspectiva transcendental – então, a ciência, a arte, a filosofia e a religião, integradas, o despertarão da estagnação do individualismo ao estágio da individuação, momento da solidariedade e da compaixão. Podemos afirmar que a era da automação e da informação não será a derrocada final, mas, um meio para a realização, quando não de um paraíso, porém, de um mundo mais justo e tolerante. Isto se houver atitudes de (con)junções. Lembremos, destarte, de Martin Luther King: “Nós aprendemos a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas não aprendemos a conviver como irmãos”.



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