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REMINISCÊNCIAS DA INFÂNCIA


Publicado em: 18/05/2016 - 18:05:13
Fonte: Maiara Santos


    Até os meus 15 anos, tive que me acostumar a ser filha única. Meu maior desejo era ter uma irmã para compartilhar brincadeiras e passar o tempo. Tenho lembranças de muitas vezes me sentir sozinha, o que me fazia procurar as primas que moravam perto de casa. Taís, Gleice e Danilly eram as mais frequentes, íamos para casa de minha avó e inventávamos brincadeiras que hoje nos fazem rir ao rememorarmos.
    Fazíamos restaurantes e “assaltávamos” a geladeira atrás de comida para brincar. Farinha, água e sal se tornavam pastéis e macarrão, até fazíamos doces de acerola e sucos. As minhas comidas sempre foram as favoritas, Danilly quebrava um galho e Taís chegava a chorar pelos desastres que fazia. Hoje nos perguntamos como conseguíamos comer aquelas gororobas que inventávamos.
    Minha avó sempre ficava no nosso pé: “saiam do sol”, “parem de correr” “brinquem dentro de casa”, e sempre fazíamos birra, hoje a entendemos. A vassoura tinha o papel de muleta, como só tinha uma, sempre brigávamos, todas queriam ser a “aleijada” da brincadeira.
    Danilly e eu, vez ou outra, íamos para a chácara onde nosso avô morava e descobrimos que as árvores poderiam se tornar boas casinhas, os dias não eram mais tediosos. Minha “casa” era um pé de maracujá que, enramado, me protegia da chuva e do sol, usávamos garrafas pet para confeccionar panelas, tigelas, garfos, facas colheres...
    Minhas lembranças mais antigas são da baba má, minha prima Patrícia. Eu era muito pequena, então ela aproveitava para judiar de mim, inventou uma brincadeira: Irmã Malvada, que no caso era ela, puxava meus cabelos, beliscava, arrastava de um lado para outro, mas era tudo na brincadeira, e eu não me queixava, até me divertia, por incrível que pareça. O mais longe que ela chegou foi cortar meu cabelo quando tinha uns 6 ou 7 anos, foi o suficiente para minha mãe ficar furiosa. Ela e outros primos, Denilson, Emerson, Deu... estavam sempre me provocando medo, apagando as luzes, contando histórias de horror, me faziam ter pavor da lua, e até me apelidaram de Mônica, por ser baixinha e ter os dentões.
    Apesar das brigas e da judiação, relembro minha infância com muito carinho, brinquei de gude, barquinho, pique-esconde, amarelinha, casinha, pega-pega, boneca, bicicleta, colecionei gibis, livros... e fico feliz por isso, por ter curtido essa fase. Agradeço aos meus primos pela companhia e pelas brincadeiras, doce infância, com gostinho de jujuba, pirulito e cocada.





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