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FALANDO DE MÚSICA: CHORO

“Só o que resiste ao tempo, evoluindo, pode ter uma concepção duradoura e ao mesmo tempo moderna. Assim é o choro”. (Sérgio Prata, músico e compositor, fundador do grupo Sarau e diretor do Instituto Jacob do Bandolim)
Publicado em: 13/08/2016 - 14:05:20
Fonte: Luís Pimentel


      O choro ou chorinho nasceu da mistura de elementos das danças de salão europeias (como o schottisch, a valsa, o minueto e, especialmente, a polca) e da música popular portuguesa, com influências da música africana. De início, era apenas uma maneira mais emotiva, chorosa, de interpretar uma melodia – cujos praticantes eram chamados de chorões.
     Ccomo gênero musical, só tomou forma na primeira década do século 20. Mas sua história começa em meados do século 19, época em que as danças de salão passaram a ser importadas da Europa, e precisava-se do imprescindível fundo musical. O estimado chorinho pode ser considerado, hoje, o primeiro ritmo de música urbana tipicamente brasileiro.
Choro não vem de chororô...
    O nome Choro, acreditam alguns pesquisadores, vem do caráter plangente e choroso da música que esses pequenos conjuntos faziam. A composição instrumental desses primeiros grupos de chorões girava em torno de um trio formado por flauta (instrumento que fazia os solos) e o violão (que fazia o acompanhamento como se fosse um contrabaixo).  Completa o trio de instrumentos o cavaquinho (responsável pelo acompanhamento mais harmônico, com acordes e variações).
    Você sabia que os músicos da época chamavam esse acompanhamento grave de "baixaria"!
Pau de ébano e cordas de aço
    A música que fornecia o ganha-pão dos chorões também era conhecida, nos primórdios, como pau-e-corda – simplesmente porque as flautas usadas naquele tempo eram feitas de ébano, aquela madeira escura, pesada e muito resistente, e funcionava nos grupos musicais ou regionais fazendo contraponto com os instrumentos de corda, como o violão e o cavaquinho.
     O choro foi o recurso que o músico popular utilizou para tocar, do seu jeito, a música importada, que era consumida, a partir da metade século 19 (o folk, a polca, a valsa, etc), nos salões e bailes da alta sociedade nas principais capitais do país.

Nomes importantes para o choro:
Jacob do Bandolim
Altamiro Carrilho
Dino Sete Cordas
Cézar Faria
Henrique Cazes
Waldir Azevedo
Maurício Carrilho
Adelmide Fonseca

Pixinguinha, o santo-orixá
     Assim como Noel Rosa é o grande nome do samba, Pixinguinha (Alfredo da Rocha Viana) é o grande nome do choro. Sua importância para que este gênero musical encontrasse sua forma definitiva e se firmasse no mundo inteiro como genuinamente brasileiro é tão grande, mas tão grande, que na data do seu nascimento comemora-se, também, o Dia Nacional do Choro.
     A influência de Pixinguinha para os músicos brasileiros é enorme, desde o longínquo ano de 1919, lá no comecinho do século passado, quando o genial músico e maestro formou o conjunto Oito Batutas, reunindo bambas dos instrumentos como João Pernambuco e Donga.
     Sabem o que quer dizer “batuta”?
     É aquele bastão fininho que os maestros usam para reger a orquestra; mas também quer dizer sujeito bamba, bacana, safo, malandro...


Do livro As muitas notas da música brasileira – nossas canções e o jeito brasileiro de ser, de Luís Pimentel. Editora Moderna, 2015;



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