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FALANDO DE MÚSICA: BOSSA NOVA


Publicado em: 22/04/2016 - 16:04:16
Fonte: Luís Pimentel


"Era a década de 1950, e a música estava vivendo uma fase de curtição do baixo-astral´. As músicas eram muito bonitas, mas muito pesadas. Era sofrimento demais para alguém que não tinha nem dezoito anos (...) Então, resolvemos tentar criar uma coisa que tivesse mais a ver com tudo aquilo que a gente vivia: o mar, a praia, a beleza do Rio de Janeiro, os nossos sonhos e planos para uma vida que estava apenas começando”. (Roberto Menescal, no livro Essa tal de bossa nova, Ed. Prumo, 2012)

Garota do Brasil
     Filha do samba brasileiro, para uns, ou do jazz, para outros, a bossa nova nasceu no final da década de 1950 e cresceu nos apartamentos de classe média do Rio de Janeiro – mas ainda na puberdade ganhou o mundo. Capitaneado, num primeiro momento, por cantores e compositores do porte de Tom Jobim, Vinicius de Moraes, João Gilberto, Ronaldo Bôscoli e Roberto Menescal, o movimento musical que tinha o charme como traço melódico recebeu adesões de muitos artistas experientes – como Dick Farney, Lúcio Alves e Billy Blanco – ou de jovens talentos da época – como Nara Leão, Carlos Lyra, Joyce e Sérgio Ricardo – para crescer com o prestígio que até hoje desfruta.
     Qual a música que melhor representa o a bossa nova no Brasil e no mundo?
Garota de Ipanema (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), claro. Essa canção – com mais de 300 regravações e o número de execuções que ultrapassa os 5 milhões – transformou a bossa do Brasil em uma garota universal.
 
O Tom de todos os tons
     Podemos combinar, desde já, que assim como Noel Rosa é reconhecido como um dos maiores representantes da música brasileira na primeira metade do século 20, a segunda metade foi confiada à genialidade melódica de Tom Jobim. E mais: desde Villa-Lobos, nenhum nome de artista brasileiro brilhou tanto nos céus do estrangeiro quanto o do maestro soberano. Quem o chamou de “maestro soberano” foi Chico Buarque (ele de novo!), numa música lindona, que diz assim:
     “Meu maestro soberano foi Antonio Brasileiro”.
E a nossa bossa ganhou o mundo
“A bossa nova é um estilo musical que a maioria, se não todos os músicos amam. É um dos meus ritmos favoritos que ouvi pela primeira vez em nossas rádios pop americanas, no início dos anos 1960. Como fiz algum sucesso com minha própria música na América do Sul, tive a sorte de visitar o Brasil muitas vezes para me apresentar, e o meu amor pelo bossa cresceu ao longo dos anos”. (Billy Joe Thomas, cantor e compositor norte-americano)
Outros nomes importantes para a bossa:
Elis Regina, Edu Lobo, Sylvinha Telles, Tito Madi, Leny Andrade, João Donato, Baden Powel, Newton Mendonça, Carlos Lyra e Ronaldo Bôscoli.
 
Algumas canções marcantes da bossa nova:
Samba de uma nota só (Tom Jobim / Newton Mendonça), Lobo bobo (Carlos Lyra / Ronaldo Bôscoli), Corcovado (Tom Jobim), Chega de saudade (Tom Jobim / Vinicius de Moraes), Saudade fez um samba (Carlos Lyra / Ronaldo Bôscoli) e Samba do avião (Tom Jobim).

Do livro As muitas notas da música brasileira – nossas canções e o jeito brasileiro de ser, de Luís Pimentel. Editora Moderna, 2015.



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