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A CIDADE E SEUS ENCANTOS


Publicado em: 12/12/2014 - 09:12:54
Fonte: Hugo Navarro/Folha do Norte


    Nos tempos bíblicos cidade era a povoação geralmente situada nas proximidades de fonte e circundada de muralhas, ao contrário de aldeias, arraiais ou acampamentos. As muralhas funcionavam como proteção contra inimigos e visitantes indesejáveis. As mais famosas são as da China, que sobrevivem como atração turística e demonstração do que  o homem é capaz se dispuser de poder e dinheiro. A China, antes da Revolução, costumava manter bairros para morada de europeus. Eram locais cercados de muros em alguns casos fortificados.
    Cidades existem de modo variado. Morar em qualquer uma delas, há quem afirme, é viver no inferno, embora ninguém queira mudar-se para o paraíso como afirmava Júlio Camargo. O mundo conhece a Cidade Santa, Jerusalém, sagrada para o Islamismo, o Catolicismo e o Judaísmo, fato que tem sido motivo de guerras, desavenças e carnificinas que começaram com as Cruzadas e permanecem até  hoje de forma desenfreada  e cada vez mais violenta, não se sabendo em que essa matança milenar contribui para a salvação das almas,  aperfeiçoamento da humanidade e satisfação das sábias determinações da divina providência. Há, ainda, a Cidade Eterna, capital e território de um dos menores países soberanos do mundo, o Vaticano.  Eventualmente, em tempos de guerra, havia a “cidade aberta”, não armada ou defendida, condição que a livrava de bombardeios, destruição e combates. A  noção de  “cidade aberta” desapareceu na 2ª. Grande Guerra com Hitler e a blitzkrieg e os japoneses quando impiedosamente bombardearam desarmadas cidades chinesas.
    A Geografia Política registra a existência de cidades, que dentro do âmbito de estado soberano gozam de vasta autonomia como no caso de Dantzig (atual Gdansk) cidade livre criada pelo Tratado de Versailles, encravada no território da Polônia.
    A fertilíssima imaginação popular tem criado, no folclore brasileiro, outro tipo de  cidade, a submersa. Conforme diversos depoimentos essas cidades produzem sons, ruídos, rumores, repiques de sino e até clamores próprios da raça humana.  Olavo Bilac, em conferência, tratou da lenda da cidade submersa do Rio Gurupi, no Pará. Luis da Câmara Cascudo relata a lenda do Lago Uaçu, no Maranhão,  onde  existia ruidosa cidade submersa. Ainda no Pará existe a cidade de Maiandéua, no fundo do rio do mesmo nome. Há quem afirme que no leito do Rio Madeira está a cidade de Sapucaiaoroca, cheia de índios que podem ser vistos quando a água fica transparente. Mário de Andrade relata que na Lagoa Santa, em Minas Gerais, na noite de Natal soam sinos e ouvem-se cânticos dos frades em catedral de cidade submersa.
    Cidades, todas elas, têm características, modos de ser que as distinguem umas da outras. Feira de Santana, por exemplo, nasceu com a vocação de sede de negócios, de compra e venda. Várias tentativas têm sido feitas para amenizar esse caráter puramente comercial e dar à cidade caminhos diferentes, que possam  conduzi-la  a conquistar outras atividades como a do turismo. Conseguimos, é verdade, o que pode ser considerado rudimentar turismo de negócios, com o Feiraguai, que não tem por onde evoluir. As tentativas de conferir a Feira de Santana características que a afastassem do lugar comum fracassaram ou foram abolidas por quem pouca importância dava à vida e ao futuro da cidade. A extinção da parte popular das Festas de Santana é o exemplo mais lamentável e danoso.
    Secretário municipal, Jailton Batista, quer, agora, realçar a época natalina promovendo espetáculos, dando luzes, música e vida a cidade cada vez mais cinzenta e inexpressiva. Não há como deixar de apoiar e aplaudir a iniciativa.



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