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CRISPINA, CERAMISTA, UMA SAUDADE!


Publicado em: 13/11/2014 - 11:11:41
Fonte: Raymundo Luiz


    Faleceu, no dia 3 de outubro, a ceramista feirense Crispina dos Santos, nascida no dia 25 de outubro, possivelmente, entre os anos de 1924 e 1927. Foi enterrada, no dia seguinte, no Cemitério Jardim Celestial.
    Feira de Santana perde uma grande "fazedeira de figuras" que desenvolveu uma técnica toda pessoal de trabalhar com o barro. Suas criações são admiradas por todos aqueles que as conheceram desde os tempos do Mercado Municipal, quando ela começou a vender suas peças, passando a  comercializá-las, posteriormente, na Feira do Centro de Abastecimento. 
    Desde criança inspirava-se na paisagem do meio rural, onde vivia, observando/admirando a flora e a fauna, esta principalmente, bem como as procissões.
    Com sua mãe aprendeu a arte de lidar com o barro.
    Ao mudar-se para a cidade de Feira de Santana, o seu olhar percorre o urbano sem contudo deixar de lado sua admiração pelo palco campestre. Bois, pavões, galinhas, cágados, jumentos, carneiros, povoavam sua fértil imaginação e, com as mãos no barro, moldava as figuras dando-lhes belos tons coloridos.
    O forte de Crispina era o presépio natalino no qual, ao lado dos tradicionais, colocava figurantes regionais.  Anjos, Reis Magos, feitos em vários tamanhos, também, podem ser colocados como peças individuais, em qualquer ambiente, dada a sua beleza contagiante.
    No mês de junho, anualmente, a artesã trabalhava com papéis coloridos criando flores vistosas e, também, fogueiras, inserindo nelas outros elementos.
    Há mais de 15 anos, por problemas de saúde, Crispina não trabalhou mais com barro.
    Conheci, pessoalmente, essa inesquecível amiga, no início dos anos 70. Jamais esquecerei os momentos ao lado dela - conversando, ouvindo-a cantar músicas de sua infância, vendo-a preparar o barro fazendo as figuras e indo pra feira com uma bacia na cabeça cheia de suas obras de arte.
    Por certo, o cortejo de anjos, reis magos, vaqueiros, baianas, sereias e tantos seres animais, participantes de sua quimera, segue acompanhando-a por dimensões etéreas.



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