menu
-Agenda Cultural
-Restaurantes
-Teatros
-Museus
-Comentários
-Fale conosco
-Política de Privacidade
-Utilidade Pública
-Links Feirense
-Artes Cênicas
-Artes Visuais
-Artesanato
-Bandas
-Literatura
-Músicos
ENTRETENIMENTO
-Cinema
-Arquivo de Eventos
-Festival Vozes da Terra
-Festival Gospel 2010
-Natal na Praça 2010
-Micareta 2011
-Últimos Eventos
-Radio Viva Feira
-TV Viva Feira
-Videos Viva Feira
COLUNISTAS
-Alberto Peixoto
-Emanoel Freitas
-Luís Pimentel
-Raymundo Luiz Lopes
-Sandro Penelú
 
 
 
IDEIAS A GRANEL


Publicado em: 24/10/2014 - 10:10:05
Fonte: Hugo Navarro / Folha do Norte


    Neste mundo não faltam ideias. Estão elas em cada cabeça e em cada recanto da atividade humana. Num sentido geral há ideias perigosas, as que podem infeccionar outras, como dizia Huxley. Há ideias novas, revolucionárias, como existem aquelas que Machado de Assis chamava  de velhuscas, sobre as quais dizia atirar capote axiomático, e as teimosas, comparáveis a  moscas, que   afastadas irritantemente voltam ao mesmo lugar. O grande escritor brasileiro em uma de suas crônicas criou teoria das ideias, que pertenceriam, as principais, a três classes: as “voltadas à eterna virgindade, outras destinadas à procriação, e outras, que já nascem de barriga”.
    A tradição religiosa vê em Deus e na sua obra a suprema ideia porque Deus não teve de consultar ou ouvir ninguém na sua forma de existir e de criar. As ideias de Platão, vistas por muitos como a “imagem exemplar e protótipo eterno de todas as coisas criadas e obras da natureza ou a eterna e perfeitíssima intelecção divina”, mereceram, de Tertuliano, cartaginês, convertido ao catolicismo nos primórdios da Igreja, um dos primeiros escritores cristãos, o conceito de “mistérios heréticos” e “sementeira dos erros dos gnósticos”.
    Verdade é que existem ideias para todos os gostos e desgostos, havendo quem acredite que elas não constituem virtude apenas dos seres humanos. Seriam comuns a toda casta de animais, que apenas encontram limitações em sua capacidade de comunicação com os homens.  Quem já viu ninhos de aves e a “casa” do João-de-barro; quem já prestou atenção em teias de aranhas, na organização social de cupins, abelhas e formigas, pode ser levado a acreditar que em todos esses casos existem manifestações que ultrapassam os simples limites do instinto.
    Podemos dizer que o mundo é fruto das ideias e que nada existe que não tenha sido objeto de algum tipo de elaboração cerebral, para o mal ou para o bem.
    Há ideias criadoras de delírios provenientes de crenças falsas  e  julgamentos errados ou desviados,  geradores de pensamentos irreais, como há ideias fixas, parasitárias, aceitas pela consciência, que nelas não vê caráter patológico, que unidas à desinformação e à crença  de que “farinha pouca, meu pirão primeiro”, levaram boa parte do povo, influenciada  pelos desacertos a que a Pátria ultimamente tem sido submetida, à crença equivocada de que os políticos são na maioria indivíduos desonestos, incapazes de ideia que não seja a de meter a mão  nos cofres públicos.
    O exercício da política, inclusive neste Município, com seus altos e baixos tem demonstrado que a luta partidária nem sempre é pasto de oportunistas, aproveitadores, corruptos e ladrões. Há políticos trabalhadores e honrados lutando como podem pelo bem do povo, que nem sempre sabe ver a diferença entre os honestos e os assaltantes do erário. Ideias de uns e de outros a granel é que não faltam. Ultimamente surgiram na Câmara local duas que merecem a atenção do povo. A primeira, em projeto de lei, dá a cada usuária de ônibus o direito de apear à sua porta depois das 22 horas. O projeto, muito bom, poderia ser melhorado se obrigasse a Prefeitura a dar um ônibus a cada usuária do transporte coletivo, que assim poderia parar o veículo onde bem entendesse e sem causar incômodo a terceiros. A segunda ideia, também louvável, sugere que as gigantescas somas em dinheiro ultimamente subtraídas da Petrobrás, poderiam ser aplicadas em educação, saúde e segurança, com o que é difícil concordar. O dinheiro, se possível fosse recupera-lo, teria que voltar aos cofres da empresa vítima, a proprietária, da qual o governo federal é apenas sócio ultimamente trapalhão.



Apoio Cultural:



Viva Feira
© 2024 - Todos os direitos reservados - www.vivafeira.com.br