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UM BOM LUGAR


Publicado em: 17/10/2014 - 08:10:53
Fonte: Hugo Navarro / Folha do Norte


    No final dos anos 30 o baiano Dorival Caymi deixou a Bahia para tentar a vida no Rio de Janeiro, meca de todos os que neste país desejavam fazer carreira em atividades artísticas. Na antiga capital da República o baiano, vencido pelas belezas e facilidades do bairro de Copacabana, compôs com Carlos Guinle o samba/canção “Sábado em Copacabana” em que diz ser  aquele louvado pedaço do Rio, “Um bom lugar para encontrar”.
    O Rio de Janeiro nasceu protegido da Natureza, que o encheu de belezas nem sempre suficientemente cantadas, só obscurecidas pelo perigoso campo de batalha em que ultimamente aquela cidade se transformou.
    Acontecimentos diversos, acidentes naturais, conquistas da civilização, facilidades, monumentos históricono decorrer do tempo têm feito o destaque, o renome e a fama de sítios, ruas, praças, cidades e países. Até grandes desastres e enormes desgraças às vezes fazem a notoriedade de lugares como aconteceu com Hiroschima  e Nagazaki.
    Exemplo evidente de     que até construções fazem a fama é o da Torre Eiffel. Construída em ferro batido (o aço ainda não tinha sido inventado) para a Exposição Internacional de 1889  em comemoração da passagem dos cem anos da Revolução Francesa,  resistiu a diversas tentativas de desmontagem e da destinação ao ferro velho para se transformar em símbolo não apenas de Paris, mas de própria França. Salvou-a, narra a História, a sua extraordinária altura (mais de 300 metros), propícia à instalação de  torre de rádio.
    Há outros exemplos conhecidos como o da Estátua da Liberdade, de New York, presente da França aos Estados Unidos em 1886.
    Na Bahia ninguém compreenderia, atualmente, a cidade do Salvador sem o Elevador Lacerda.  Sua construção, conforme a ousada iniciativa de Antônio Francisco de Lacerda, ligando a cidade alta à cidade baixa, foi empreendimento pioneiro no mundo. Na época da construção do Elevador, que para o povo era o “parafuso”, apareceu o primeiro automóvel nas ruas da capital da Bahia. O veículo, verdadeira geringonça, grande e barulhento, movido a vapor, tinha cinco rodas  guarnecidas de  borracha. Propriedade de Francisco Antônio Rocha, imediatamente despertou as atenções e a verve do povo, em cujo seio surgiu a quadra: “Havemos de ver dos dois/ O que aperta ou afrouxa:/ De Lacerda o “parafuso”/ Ou a borracha do Rocha”.
    Em Feira de Santana ainda não apareceu fato capaz de a tornar famosa. Ultimamente surgiu a febre chikungunya, com justo destaque na imprensa, insuficiente, entretanto, para conduzir esta cidade às culminâncias da fama, servindo apenas para provar a superioridade do mosquito aedes-aegypti sobre todos os animais da Criação, inclusive os da raça humana, demonstrando extraordinária capacidade de adaptação e de sobrevivência.
    A única fama que nos ameaça de forma persistente e contínua é a de sede nacional do homicídio, o que levou um vereador, recentemente, a pedir, na Câmara, providências contra quadrilhas de traficantes de drogas que andaram a promover tiroteios na sede do Distrito que  já teve o nome de Nossa Senhora das Gameleiras, denunciando a invasão de nossa zona rural pelo crime, presente até quando se faz festa pela diminuição do número de homicídios, em contraste com a notícia de que os hospitais estão cheios de vítimas de tiros, facadas e cacetadas. Não queremos é que Feira de Santana se transforme em um bom lugar para matar.



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