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CUIDADO COM O "CONTO DO VIGÁRIO"

(DA SÉRIE: "FEIRENSE VOTA EM FEIRENSE")
Publicado em: 15/09/2014 - 02:09:14
Fonte: Emanoel Freitas


    Feira de Santana, por muitos anos sofreu, e ainda sofre em algumas regiões, com a fama de cidade que abriga (ou abrigava) muitos espertalhões, para não usarmos palavras mais pesadas. Fama que até o notório Lucas de São Gonçalo, que teimamos em denominá-lo de Lucas da Feira, contribuiu em muito, mas que a bem da verdade, por estar localizada, a cidade, em um grande entroncamento rodoviário, é comum aparecerem por aqui, um cem número de vigaristas de toda espécie, que do mesmo modo desaparecem sem deixar vestígios. Tipos como "Neném Cadê a Ema", que apesar de ser um excelente marceneiro, preferia aplicar "contos do vigário" em algumas pessoas, do que trabalhar na própria profissão, e como Neném, muitos outros povoaram o folclore feirense (estórias que um dia pretendemos relatar pelo seu caráter divertido, e não para fazer ode a desonestidade). A rigor, o feirense de nascimento e de origem, é cidadão honesto, que sempre trabalhou pelo crescimento e engrandecimento da cidade Princesa do Sertão.
    O crime mais comum da região (que não devemos confundir com a violência que atualmente se abate sobre a cidade, pois não é um problema apenas de Feira de Santana, mas em todo país, em face da grande desigualdade social, da impunidade, e da influência da máquina dos desejos - televisão, hoje comum em todos os lares brasileiros - induzindo as pessoas, quase que hipnoticamente, a desejarem tudo que vêm e, muito ou a maioria de bens de consumo que não têm condições financeira de possuírem), é sem dúvida o conhecido e comum "171" ou o "conto do vigário".
    E o pior de tudo isso é que nós mesmos (feirenses) terminamos caindo nos tais "contos do vigário", que os aventureiros de ocasião elaboram e vêm para Feira aplicar. Todos os desavisados ou cidadãos de boa fé de fora que por aqui transitam e, os gananciosos locais, que querem levar vantagem em tudo, acabam levando a pior (bem feito prá eles).
    O "Conto do Vigário" é o delito que consiste em ludibriar incautos e gananciosos, oferecendo-lhes grandes vantagens aparentes, como, por exemplo, a venda de produto valioso (falsificado) por valor bem inferior ao do mercado (todos nos conhecemos bem esse exemplo), ou qualquer manobra de má-fé em que se empregam meios ardilosos para tomar dinheiro dos incautos. Estes conceitos estão expressos no Dicionário Houaiss, mas são muitas as versões da origem do termo "conto do vigário". O que é comum a todas elas é o uso da esperteza e a ganância do enganado. Segundo a seção "Você Sabia" do Portal Terra, uma das histórias mais conhecidas, e defendida pela pesquisadora "Denise Lotufo", teria como palco uma disputa entre dois vigários em Ouro Preto, ainda no século XVIII. De acordo com Denise, tudo começou com a disputa entre os vigários das paróquias de Pilar e da Conceição pela mesma imagem de Nossa Senhora. Um dos vigários teria proposto que amarrassem a santa num burro que estava solto na rua. Pelo plano, o animal seria solto entre as duas igrejas. A paróquia que o burro tomasse a direção ficaria com a imagem. O animal foi para a igreja de Pilar, que acabou ganhando a disputa. Mais tarde teria sido descoberto que, o burro era do próprio vigário dessa igreja. Segundo a pesquisadora, essa é também uma das possíveis origens da palavra vigarista. (O livro Os Vigários Mineiros no Século XIII, de Lourdes Aurora Campos de Carvalho, e Ditos e Provérbios do Brasil, de Luís da Câmara Cascudo, também apresentam uma versão semelhante.)
    Em Feira o momento que mais identificamos esses aventureiros vigaristas e oportunistas, hoje, é sem dúvida, nos períodos pré-eleitorais, pois tais cidadãos em busca dos ganhos milionários dos poderes legislativos, estaduais e federais, aparecem em nossa cidade, sorridentes, fantasiados de benfeitores, distribuindo presente (dinheiro, que não sabemos a origem) e muitas promessas que nunca serão cumpridas, e com sorte os veremos nas próximas eleições daqui a quatro anos, de cara limpa com novas promessas e novas estórias, para novamente nos ludibriar. Não caiam nos "contos dos vigários", pois se não somos os "santos" evitemos sermos os "burros" da terra de Santana dos Olhos D´água. Feirense vota em feirense. Procurem os candidatos comprometidos com nossa terra.



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