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O HORRENDO PROBLEMA DAS FRUTAS


Publicado em: 08/08/2014 - 03:08:01
Fonte: Hugo Navarro / Folha do Norte


    Despertou curiosidade e não deixou de provocar risos por seu aspecto de piada, a nota publicada, até com certo destaque, no início da semana, de que o Tribunal de Justiça do Estado passará doravante a fazer considerável economia em seus gastos mensais, adotando salutar sistema de tomada de preços para a compra de frutas que são consumidas em suas sessões (segundo a nota).  A quantia a ser poupada, respeitável, não é coisa de quitanda de esquina. É dinheiro capaz de superar crises, das muitas que andam a rondar ou a anular hospitais públicos e despensas  de toda ordem por este vasto e supostamente rico Estado da Bahia.
    Deus ajude que o Tribunal de Justiça do Estado possa adotar outras medidas salvadoras como fez com as suas frutas, de referência a problemas outros, que lhe são pertinentes, como o do preenchimento de vagas de juízes no abandonado interior baiano, solução mais rápida para as questões de sua competência e interferência junto ao pouco interessado e muito menos competente Legislativo  brasileiro que possa ajudar  na simplificação do sistema judiciário  vigente, para torna-lo mais útil e de aplicação mais rápida e eficaz.
    A notícia, por certo auspiciosa, veio a lume poucos dias depois da candidata ao Senado, a ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça, Eliana Calmon, haver divulgado, com certa dose de espanto e surpresa, lista de custos para a disputa dos diversos cargos colocados à disposição do povo nas próximas eleições em leque que vai de deputado estadual a presidente da República, demonstração de que as eleições acompanham as conquistas e transformações dos novos tempos de altos custos para todas as coisas, inclusive as inúteis ou as que provocam dificuldades como, por exemplo, cartazes, bandeirolas e cavaletes da propaganda eleitoral que podem causar acidentes de trânsito.
    A candidata ao Senado, pouco antes de deixar a magistratura tomou posições, inclusive algumas referentes à Justiça da Bahia, que a muitos alimentaram a ilusão de que alguma coisa se estava fazendo em favor de ramo de poder que é essencial à manutenção de país onde haja respeito aos direitos do cidadão, efetivo combate à corrupção, sistema de justiça rápido e efetivo (não de fancaria), que possa levar a todos segurança para trabalhar, prosperar e viver em paz e não dentro de organização social em que ninguém sabe, exatamente,  onde começa e onde acaba o banditismo com toda a  sua coorte de crimes, inclusive do pior de todos, o de homicídio, que hoje parece fazer parte dos negócios e dos interesses econômicos de muita gente. A ação corajosa da ministra desapareceu, tragada pela política, em menos tempo do que se esperava. E tudo retornou ao que era. Outro membro do Judiciário, que alimentou grandes ilusões a respeito do futuro deste país, enfrentando com invulgar destemor os donos do poder, no Supremo Tribunal     Federal, dando a muitos de impressão de que outros ares poderiam soprar, em futuro próximo, sobre o povo brasileiro, foi Joaquim Barbosa. Mas tudo não passou de mera ilusão passageira como dizia canção de outras eras.  Ninguém sabe, com certeza, o que levou o Ministro Joaquim a deixar o Supremo antes do tempo, se pressões insuportáveis ou concretas ameaças de danos sem remédio. Os métodos adotados são os mesmos, quer na velha Chicago dos tempos de Al Capone, quer nos dias atuais em qualquer lugar onde se instalou a impunidade inclusive por inércia do Judiciário.
    Na Bahia o problema das frutas foi resolvido. Restam centenas de outros, gravíssimos, por certo menos importantes para alguns. Para a maioria, entretanto, são essenciais.



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