O dia seguia com o seu ritmo habitual. A tarde abria suas asas fulgurantes, enquanto a brisa acalentava as folhas que balançavam nos ramos dos arvoredos.
O Sol fazia vibrar com mais intensidade os tons divinos do colorido das flores.
O dia continuava normal, até que, como se fosse posta ali pela ação conjunta de todos os deuses do Olimpo, surgiu, caminhando em minha direção, a estrela fulgurante do cosmos infinito do meu pensamento.
Muito antes de balbuciar uma única palavra, já estampava nos lábios um sorriso provocante, que deixava ao calor dos raios solares e ao frescor da brisa vespertina todo o encanto de uma mulher maravilhosa e divina, injetando meus olhos de ternura, carinho, paixão e infinito amor.
Oh, imensidão dos céus! Por quais confins do Cosmos teriam ecoado as batidas liberadas pelo meu coração naquele momento?
Oh, deuses do Amor! Que sentimento é esse, que nos faz tão pequeninos feito crianças e ao mesmo tempo tão adultos como o mais inteligente e soberbo ser da Criação?
O dia, que já era maravilhoso, passou a se apresentar para mim como o mais importante e especial.
Quis tocar aquela estrela, ávido e ofegante. Uma onda de calor percorreu todo o meu corpo. Minhas mãos estavam ansiosas. Esperavam pelo momento de sentir todo o prazer de abraçá-la e beijá-la...
Voei para o firmamento e enlacei-a com a volúpia de quem verdadeiramente ama; com o frenesi que quem realmente se sente completo e feliz.
Cavalgamos por todo o infinito, acenando para os cometas e estrelas que, reverentes, contemplavam duas luzes brilhantes no Cosmos, que, juntas, formavam um único facho...